sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Escrevendo na madrugada... sempre bom nos momentos de insônia!
ARDÊNCIA
Rasgo-me em poesia e tinta
Pelas veias noturnas, obscuras da madrugada
Elas acariciam o medo do tempo
O medo da pele que falece...
No espelho, os olhos brilham
As nuances primárias de Newton
Em silêncio, ao sussurro do cão negro.
(Que não late... apenas sussurra)
Busco o reencontro da vida
Incerta, alada de branco.
sou em meio às letras
sinto-me entre uma dose e um trago
Contorço minha imaginação
E bebo novamente
Calo-me, flagelo-me em versos.
Vivo a noite
Viva a noite!
Pois embalado a ela, vejo as respostas
O que realmente sou;
Tudo?
...
Nada!
Dieferson Gomes
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
PAPÉIS COMPACTOS
Papéis compactos...
Estáticos ...
Cáquis...
Brotam da terra e da capoeira...
Próximo ao estábulo (de pau-a-pique).
A negra morena de olhos vedados ama o vento...
E o sol a pino!
Ela dança, vê e sorri...
Não vê?
Vê!
Usa e abusa!
Saltita com os babados e franzidos de tule e gaze.
Reveste-se novamente de cetim!
Quer ouro e pérolas nas madeixas;
Cansa e senta sobre a musselina...
Precisa fugir de si e do mundo...
Não consegue...
Então, adormece em escárnio,
Sonha com o futuro!
Dieferson Gomes
Noite de quarta-feira, 8 de julho de 09.
ADEUS
Seguro, em meio ao silêncio da noite
As mãos geladas e mórbidas de sua alma.
Elas, mortas e brancas,
Amedrontam os medos na solidão.
Teu corpo estático e límpido se vai...
Fenece com a penumbra desta melódica paisagem
Abandonando minha pele franzida
De saudades dos seus beijos!
Dieferson Gomes
07 de dezembro de 2009.